quinta-feira, 29 de julho de 2010

FUTEBOL DE BOTÃO


Futebol de Botão

De acordo com o Banco de Dados Folha [1], o futebol de botões foi inventado em 1930 pelo brasileiro Geraldo Cardoso Décourt. Contam que ele primeiro jogava com botões de cueca, passando posteriormente a usar os botões da calça de seu uniforme escolar. Dessa brincadeira de criança surgiu o "jogo de botões", aquilo que se tornaria o esporte difundido e amado por uma legião incontável de praticantes e admiradores, com sua diversidade de regras e materiais, tendo adeptos em um grande número de países.

Geraldo Décourt é, segundo alguns, um dos precursores do que nós conhecemos hoje como "futebol de mesa" no Brasil; por volta de 1929, ele deu o nome de "Celotex", que era o material usado para a confecção das mesas, ao jogo, que ali tinha o seu início enquanto esporte, inclusive com o lançamento do primeiro livro de regras.

O dia do nascimento de Geraldo Décourt em 14 de fevereiro, foi oficializado pelo governador Geraldo Alckmin, em São Paulo, no ano de 2001, como o "dia do botonista".

Décourt foi um incansável divulgador e organizador de eventos de futebol de mesa, o que propiciou o desenvolvimento do esporte, assim como sua popularização.

Paralelamente a esse incremento de regras e desenvolvimento de materiais cada vez mais adequados à execução do jogo, em diversas regiões do Brasil, mormente nas décadas de 1930 a 1980, várias modalidades eram praticadas, usando-se diversos tipos de botões e superfícies onde os mesmos deslizavam, desde o piso das casas, mesas de jantar, até o famoso "Estrelão", mesa de jogo sem cavaletes, produzida pela fábrica Estrela, durante os anos 70.


Muito famosos ficaram os "botões de osso" ou de "paletó”, que nada mais eram que os botões retirados dos antigos ternos sociais; dentre esses, uma classe de botões conhecida como "Paulo Caminha", marcou época; depois vieram as "capas de relógios", que nada mais eram que os "vidros' substituídos dos relógios que iam para conserto e tinham os "vidros' trocados; finalmente, na década de 1950, surgiram os botões industrializados, de plástico, com adesivos colados ao centro, contendo os escudos ou mesmo as faces dos jogadores dos times famosos do Brasil.

Um dos modelos de traves dos anos 70, além de goleiro feito utilizando-se uma caixa de fósforos, comum para a época; note que praticamente só há espaço para a bola (geralmente uma pastilha) entrar no gol, por cima do goleiro.

"Capas de relógios" utilizadas como botões, também dos anos 70; tratava-se de um "vidro" mais envelhecido, que era disputado pelos garotos da época, nos relojoeiros.

Os botões de acrílico já eram utilizados, entretanto, em uma proporção bem menor em relação aos dias de hoje, quando são predominantes.

Os botões industrializados começaram com os famosos canoinhas, que eram botões rebaixados no meio, com o rosto do jogador ao centro, normalmente com imagem em preto e branco; existiram até alguns coloridos. Algumas fábricas os fizeram, Estrela, Trol e outras

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